segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Camaleão




Camaleão


Pelas barbas de Santo Inácio
Este camaleão, minha gente
Tal qual o outro foi ao palácio
Falar com o Presidente.

O de outrora envaidecido
Trocou ideias com a nobreza
Deixando o povo estarrecido
Diante de tamanha proeza.

O de agora ficou decepcionado
Ao ver uma corja de ladrão
Governando seu país amado
Levando-o a rápida destruição.

Do palácio saiu em disparada
Na folhagem se camuflando
Para traz uma breve olhada
Sua repugnância expressando.

Assim, triste e desanimado
O camaleão partiu da cidade
Com dó do humano roubado
Nos direitos e na dignidade.


Nota: Esta poesia foi inspirada na imagem do 3º Botando a cabeça para funcionar da amiga Chica, era minha participação, porém, houve contratempos e não postei no prazo estabelecido, pois já saiu a 4ª edição, então, como está fora do prazo não coloquei o selo e estou partilhando neste espaço.